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Quem foi Padre Júlio Maria de Lombaerde?

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Padre Júlio Maria nasceu em Waereghen (Bélgica), aos 8 de janeiro de 1878. Seus pais foram José de Lombaerde e Sidônia Steelant. Recebeu na Pia batismal o nome de Júlio Emílio.

Atraído pela vida missionária, quando assistia à Missa de um santo missionário, ainda antes de concluir seus estudos, se fez “irmão branco” com o nome de Irmão Optato Maria, tendo ido trabalhar depois na África.

Em consequência de febres voltou à Europa e, sentindo-se chamado ao sacerdócio, entrou na Congregação da Sagrada Família, fundada pelo Padre Berthir, em Grave (Holanda) para recolher vocações tardias. Foi ordenado padre em 13 de janeiro de 1908. Em 1912, quando fazia um bem imenso pregando missões pela França, foi de repente enviado para o Brasil (Amazônia), onde trabalhou 15 anos como missionário entre os índios e caboclos.

Padre Júlio Maria, pregando Missões no Nordeste

No Norte (Macapá) fundou providencialmente a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria, tendo sido aprovada pelo Papa Bento XV. Tem-se desenvolvido muito essa Congregação.

 

Do Norte, o Padre Júlio Maria, demorando-se algum tempo em Natal, veio para Manhumirim (Minas Gerais), em 1928. A obra que aqui desenvolveu, com a proteção de Deus e apesar das perseguições constantes movidas pela Maçonaria local, é uma prova palpável da divindade da sua missão.

 

A pedido dos Sres. Vigários, e estimulado por Dom Carloto, primeiro Bispo de Caratinga, Padre Júlio Maria, com muito fruto espiritual, percorreu grande parte da Diocese, pregando Missões.

“Do nada”, mas sempre abençoado por Deus e Nossa Senhora, fundou aqui a primeira Congregação de padres missionários genuinamente brasileira: a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, bem como a das Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.

 

Padre Júlio Maria, polemista sem par, teólogo exímio, pregador admirável, escritor de renome, teve sempre sua pena e sua rara inteligência a serviço da Igreja e pelo seu jornal “O Lutador” se fez o “terror dos hereges”.

 

Em trágico acidente de automóvel, verificado a 24 de dezembro de 1944 [estando viajando às pressas, por urgência de celebrar a Santa Missa de Natal], sozinho, longe de seus filhos, Padre Júlio Maria morreu, lutando ainda como passara toda a sua vida. O Brasil inteiro chorou a perda desse grande sacerdote, brasileiro de Coração.

 

Suas obras: O Seminário Apostólico, o Colégio Pio XII, o hospital-asilo São Vicente de Paulo, o Patronato Santa Maria [para acolhimento dos órfãos], Escola Normal Santa Terezinha, a editora e o jornal “O Lutador”, que em Manhumirim [e a editora, em Belo Horizonte] continuam vivas e progredindo nas mãos de seus filhos espirituais.

PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO

Podemos dizer que o início se deu em 1978, por ocasião do centenário de nascimento do Padre Júlio Maria De Lombaerde. Naquela circunstância, em Manhumirim, MG, um significativo número de Religiosos e Religiosas das congregações fundadas pelo Padre Júlio Maria, que participava das festividades alusivas ao seu centenário, assinou uma carta-pedido, enviada ao bispo diocesano, naquela época, Dom Hélio Gonçalves Heleno, solicitando que encaminhasse à Congregação para a Causa dos Santos o pedido de permissão para que se desenvolvessem as oportunas pesquisas nos Dicastérios Romanos de competência e, diante do nihil obstat, a autorização para a introdução da Causa de beatificação e canonização do nosso Fundador. Não houve retorno do antístite à solicitação.

Com a chegada do novo Bispo diocesano de Caratinga, MG, Dom Emanuel Messias de Oliveira, em 2012, uma equipe constituída por membros das três congregações fundadas pelo Padre Júlio Maria – Filhas do Coração Imaculado de Maria (Irmãs Cordimarianas), Missionários de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento (Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora) e as Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora) -, que constituem a Família Julimariana, reuniu-se com o Bispo e apresentou-lhe a petição, que foi acolhida por ele. Dom Emanuel encaminhou a Roma, no dia 8 de março de 2013, o pedido para a introdução da Causa.

Dom Emanuel Messias nomeou o Dr. Paolo Vilotta como Postulador da Causa de Padre Júlio Maria De Lombaerde. Por sua vez, precisando de alguém que acompanhe o processo no Brasil, o Postulador nomeou, no dia 22 de março de 2013, por indicação dos Superiores Gerais da Família Julimariana, o Padre Heleno Raimundo da Silva, SDN, para o ofício de Vice-Postulador.

 

VATICANO CONCEDE O “NADA OBSTA”

No dia 3 de janeiro de 2014, o Vaticano emitiu o “nihil obstat” (nada obsta) em relação à Causa de Beatificação e Canonização do Padre Júlio Maria De Lombaerde, MSF, notícia recebida com alegria pela Família Julimariana. Desde então, temo-nos mobilizado na organização de documentos, escritos e testemunhos de pessoas que conviveram e/ou conheceram o Servo de Deus Padre Júlio Maria.

Com a emissão desse documento, a Diocese de Caratinga deu prosseguimento aos trabalhos, com a instalação do Tribunal Eclesiástico que colhe os depoimentos das testemunhas que conheceram pessoalmente Padre Júlio Maria e dos que afirmam terem alcançado, por sua intercessão, bênçãos, graças e curas.

A instalação desse Tribunal, bem como da Comissão Histórica, aconteceu em 2015 e contou com o postulador da causa, Dr. Paolo Vilotta, e do Padre Paolo Lombardo, assim como de Dom Emanuel Messias de Oliveira, Bispo diocesano de Caratinga, dos Superiores Gerais da Família Julimariana – Ir. Margarida Maria Matos Mesquita, FCIM, Padre Aureliano de Moura Lima, SDN, e Ir. Cacilda Mendes Peixoto, SDN, diversos religiosos e religiosas, bem como significativo número de fiéis.

SÍNTESE DAS ETAPAS DE UM PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO E CANONIZAÇÃO

– Depois de cinco anos da morte, pede-se o “nihil obstat” (nada contra) de Roma e o candidato à canonização é reconhecido “Servo de Deus”.

– Abre-se o Processo Diocesano, dá-se início às investigações sobre a vida, virtudes e fama de santidade do candidato à canonização.

– Constitui-se o Tribunal Diocesano. O Tribunal será composto pelo Delegado Episcopal, pelo Promotor da Causa e por dois Notários, quando serão realizadas audiências para depoimentos das testemunhas, que vão dizer o que sabem sobre o Servo de Deus, e oficializa-se toda a documentação do processo.

– Os Teólogos Peritos analisam os escritos publicados, editados e não editados, do Servo de Deus.

– Uma Comissão Histórica junta os escritos e documentos, cataloga-os e emite seu parecer. Na primeira fase romana do processo, todo o material elaborado pela Comissão Histórica e pelo Tribunal da Causa é enviado a Roma para estabelecimento da Validade do Processo (constatação de que nada falta para o seu prosseguimento).

Aprovada a validade do processo, é elaborado a Positio, livro que resume toda a documentação e prova que o Servo de Deus viveu, em grau heroico, as 11 virtudes: a) Virtudes Teologais: Fé, Esperança e Caridade; b) Virtudes Cardeais: Prudência, Justiça, Fortaleza e Temperança; e c) Virtudes de Estado Clerical: Pobreza, Humildade, Castidade e Obediência.

A análise e aprovação da Positio, em sua primeira etapa, é feita por oito Consultores Teólogos mais o Promotor da Fé; na segunda etapa, por uma Comissão de Cardeais, Arcebispos e Bispos membros do Dicastério; a terceira etapa, pelo Papa, que emite um Decreto Pontifício declarando que o “Servo de Deus” praticou as virtudes em grau heróico, passando a ser chamado de “Venerável” na sua Diocese.

Na segunda fase romana do processo, a Proclamação de “Beato”, é necessário comprovar a ocorrência de um milagre autêntico (cura instantânea ou muito rápida, perfeita, duradoura e preternatural – que a ciência não pode explicar), que comprove por via sobrenatural a heroicidade das virtudes vividas.

A análise e aprovação do primeiro milagre também têm três etapas: 1ª etapa: Comissão de nove médicos peritos; 2ª etapa: Comissão de Cardeais, Arcebispos e Bispos membros do Dicastério; e 3ª etapa: o Papa emite o Decreto Pontifício declarando o reconhecimento do milagre e que o candidato seja reconhecido como “Beato”.

Na terceira fase, a Proclamação de “Santo”, é necessário comprovar a ocorrência de um segundo milagre autêntico (cura instantânea ou muito rápida, perfeita, duradoura e preternatural – que a ciência não pode explicar).

As etapas são estas: 1ª etapa: Comissão de nove médicos peritos; 2ª etapa: Comissão de Cardeais, Arcebispos e Bispos membros do Dicastério; e 3ª Etapa, o Papa emite o Decreto Pontifício declarando o reconhecimento do milagre e que o candidato seja reconhecido como “Santo”.

fontes: https://obraspejulio.blogspot.com/p/quem-foi.html e https://sacramentinos.org.br/processo-de-beatificacao/

Padre Júlio Maria de Lombaerde, intercedei por nós!

História da Congregação dos Missionários de Nossa Senhora
do Santíssimo Sacramento

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O Padre Júlio Maria De Lombaerde, um experiente missionário belga, foi enviado em missão para o Brasil em 1912, após ter uma experiência missionária heroica e frutífera na África durante sua juventude, e posteriormente, na Holanda, Bélgica e França.

Com sua vasta experiência de trabalho missionário em diversas regiões e países, o Padre Júlio Maria chegou a Macapá, onde pôde conhecer uma região pobre do Brasil. Lá, junto com seus irmãos da Congregação dos Missionários da Sagrada Família, desempenhou diversos papéis, incluindo médico, farmacêutico, dentista, delegado de higiene pública, professor e diretor das Escolas Reunidas, além de ser o missionário das ilhas.

Foi nesse contexto que ele sentiu inspiração divina para fundar uma congregação de religiosas, e assim fundou a Congregação das Filhas do Coração Imaculado de Maria (Irmãs Cordimarianas) em 21 de novembro de 1916, em Macapá.

Devido a doenças suas e de várias irmãs cordimarianas, o Padre Júlio mudou-se para a Vila do Pinheiro, hoje Icoaraci, periferia de Belém, onde transferiu o noviciado e dedicou três anos à formação das religiosas de sua Congregação.

Durante sua estadia na Vila do Pinheiro, o Padre Júlio Maria sentiu uma nova inspiração para fundar uma congregação de missionários dedicados ao serviço junto ao povo, especialmente na região amazônica. Essa inspiração o levou a fundar a Congregação dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora em Manhumirim, Minas Gerais, em 25 de março de 1929.

Essa congregação, a primeira religiosa masculina do Brasil, teve suas bases lançadas durante a intensa atividade missionária do Padre Júlio em Manhumirim, onde ele era conhecido por ser "tudo para todos". Rapidamente, a congregação cresceu e, atualmente, procura incorporar as características amazônicas, nordestinas e mineiras em seu trabalho missionário.

Fonte: https://sacramentinos.org.br/historia/

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